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INADIMPLÊNCIA CRESCE NO PARANÁ E REINCIDÊNCIA ATINGE UM DOS MAIORES NÍVEIS DA SÉRIE HISTÓRICA

segunda, 15 de dezembro de 2025

Levantamento do SPC Brasil/Faciap aponta aumento de consumidores negativados e dificuldade maior para manter as contas em dia

A inadimplência voltou a crescer no Paraná em novembro de 2025 e indica um cenário de maior pressão sobre o orçamento das famílias. Dados do SPC Brasil/Faciap mostram que o número de consumidores com contas em atraso avançou 8,38% em relação ao mesmo mês do ano passado. Ainda que abaixo das médias da região Sul (9,22%) e do país (8,93%), o movimento reforça um quadro de endividamento persistente.

Na comparação com outubro, o estado também registrou alta de 2,18% no total de devedores, crescimento acima do ritmo regional (1,82%) e nacional. O aumento foi acompanhado pela expansão no número de dívidas por consumidor, que subiu 14,36% em 12 meses.

A inadimplência segue concentrada na população economicamente ativa: pessoas de 30 a 39 anos representam 25,95% dos negativados, seguidas pelas faixas de 40 a 49 anos (21,87%) e 50 a 64 anos (21,35%). A distribuição por sexo permanece equilibrada, 50,40% mulheres e 49,60% homens, e a idade média do inadimplente é de 45 anos.

Dívidas em atraso

Em média, cada consumidor acumula R$ 5.753,03 em dívidas atrasadas. Quase 26% devem até R$ 500, e 38,35% têm pendências de até R$ 1.000. O atraso médio é de 28,9 meses, e 34,14% permanecem negativados entre um e três anos. O setor financeiro concentra a maior parte das dívidas (59,54%).

Reincidência cresce e reduz capacidade de recuperação

Além do aumento no número de devedores, o estado enfrenta outro desafio: a alta reincidência na inadimplência. Em novembro, 82,85% de todas as negativações registradas eram de consumidores que já haviam aparecido nos cadastros nos últimos 12 meses. Apenas 17,15% eram novos inadimplentes.

Entre os reincidentes, 65,14% mantinham dívidas antigas em aberto e 17,71% tinham regularizado pendências recentes, mas voltaram a atrasar. O intervalo médio entre uma dívida e outra é de 69,1 dias, evidenciando fragilidade no orçamento familiar. Nos últimos 12 meses, o número de reincidentes cresceu 8,56% no Paraná.

O índice de recuperação de crédito, por outro lado, caiu 9,53% no estado, indicando que menos consumidores têm conseguido pagar suas dívidas e limpar o nome. A queda é mais acentuada entre quem levou quatro a cinco anos para regularizar pendências, com retração de 23,62%. A idade média do consumidor que consegue quitar dívidas é de 47,5 anos.

Em média, quem recuperou o crédito quitou R$ 3.403,97 em novembro; mais da metade pagou dívidas de até R$ 500. O tempo médio necessário para sair da lista de inadimplentes foi de 12,4 meses.

Os dados revelam que o Paraná vive um ciclo preocupante: mais pessoas entram na inadimplência, muitos permanecem por longos períodos e cresce o número daqueles que voltam a atrasar logo após regularizar pendências. O cenário reforça a necessidade de ações de renegociação, educação financeira e políticas de apoio ao consumidor para evitar o agravamento do endividamento das famílias.

 

Fonte: FACIAP - FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS E EMPRESARIAIS DO ESTADO DO PARANÁ

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